domingo, fevereiro 18, 2007

Audioslave R.I.P. (2001-2007)

A sensação sempre foi meio que "é bom demais pra ser verdade". Lendo alguns fóruns que comentavam a nótícia, alguém escreveu que "é triste saber disso, mas não posso dizer que esteja muito surpreso". Acho que sempre tive esse sentimento, mas não dava muita importância enquanto eu ouvia, cantava, tocava, headbangeava ou assobiava aquelas músicas, desde a primeira vez que pude ouvir o CD de estréia, em 1° de janeiro de 2003.

O fim chegou mesmo antes do início. Esse primeiro CD aí quase não saiu, a banda tinha "acabado" antes de "nascer" oficialmente. Mas a sorte dos fãs de música deu as suas caras e aquelas canções viram a luz do dia. Uma compliação que beira a perfeição. Mas sempre existiram ecos do passado. Sons das antigas bandas nas turnês, sets acústicos do Chris evocando o seu tempo solo. Opiniões voando por todos os lados, a maioria remetendo à saudade da fúria e da euforia que o som do Rage provocava, que tinha sido trocada por um outro tipo de êxtase, menos revoltado, alternando a velha intensidade com o novo sabor que o versátil vocalista trazia.

Depois da estréia, um segundo CD com uma pegada mais leve, mais diversificado. Boas críticas, vários singles, um show histórico em Cuba. O projeto do qual não se esperava longevidade tinha virado uma banda de verdade. Um terceiro CD, com algumas músicas excelentes (melhores até que as do primeiro), mas outras totalmente descartáveis. Parecia uma coletânea de singles com mais algumas sobras de estúdio, mas que conseguiam, ainda assim, se tornar um álbum muito melhor que algumas porcarias que vêm estourando nas paradas recentemente.

Aí, somente dois singles do Revelations, algumas apresentações acústicas de divulgação do frontman pipocando aqui e ali na internet e nada de turnê (devido às gravações do CD solo dele). Mais recentemente, o tema de Cassino Royale e o anúncio da reunião do Rage Against The Machine trouxeram os rumores de volta, os rumores do fim, o fim que está lá desde o início e que, inevitavelmente, chegou. Assim, o Audioslave, a minha banda favorita, acabou.
Mas com o Chris Cornell cantando cada vez melhor e o mundo "precisando" da raiva e da fúria mais do que nunca, espero que, em breve, eu possa dizer aquele velho ditado que traz entendimento e conforto à toda e qualquer dor.

Sendo esse um post póstumo (???), trago aos olhos e aos ouvidos das poucas almas que visitam esse local, algumas pérolas audioslêivicas, cortesia d'O Favorito de Todos.

Show Me How To Live



Set It Off e Gasoline, ao vivo na Broadway





I Am the Highway, ao vivo em Cuba



Doesn't Remind Me



Original Fire

Um comentário:

Maria Amália Cursino disse...

Caralho!!!! Que pena...